Edição Especial

Entre os dias 13 e 26 de setembro, chega ao Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB Brasília uma edição especial da mostra Cinema Urbana. Lançada em 2019 e com quatro edições realizadas no DF, a Mostra Internacional de Cinema e Arquitetura foi criada para dar vazão a obras que debatem estruturas sociais e dinâmicas do cotidiano urbano. Em 2024, a programação traz olhares audiovisuais para as "mulheridades", exibindo 50 produções, divididas entre 40 curtas e 10 longas de 15 países como Costa Rica, EUA, Bélgica, França, Angola, Japão, Índia, Senegal, Suíça, Chile, Cuba, Líbano, Polônia e Brasil.

Protagonismo feminino

Os filmes em cartaz abordam o protagonismo feminino, a quebra de estigmas entre mulheres cisgêneros e transsexuais, esteriótipos de gênero e raça e universos narrativos que conformam questões de pertencimento e afeto. Esta edição da Cinema Urbana tem a pergunta "existe uma fórmula de ser mulher?" como orientação temática, inspirando-se na força política e histórica das "gasolineiras de kebrada", personagens principais da ficção Mato Seco em Chamas, de Adirley Queiroz e Joana Pimenta, rodada na favela do Sol Nascente (DF) em 2022. 

DJs, VJs e cinema ao ar livre

Aos finais de semana, Cinema Urbana apresenta sessões ao ar livre acompanhadas de boa música e intervenções artísticas. Apresentações de DJs e VJs com curadoria de Mari Mira e Pati Egito antecedem sessões aconchegantes de filmes muito esperados pelo público. A abertura do evento acontece na sexta-feira (13) e é embalada pelas VJs e DJs do coletivo Eixona, formado por Mari Mira, Pati Egito e Isadora Perigo, apresentando videomapping e set musical seguido da festa Eixona, de música afro-caribenha.

Oficinas, debates e sessões especiais

Em números brutos, serão realizadas seis sessões ao ar livre com apresentações de DJs, VJs e bandas, 21 sessões na sala de cinema do CCBB Brasília sendo uma infantil e uma especial com acessibilidade, seis oficinas audiovisuais para escolas públicas, com ônibus levando e buscando alunos de escolas selecionadas até o Centro Cultural e três debates sobre narrativas íntimas e ancestralidade, acessibilidade e cinema, e afeto e sexualidade. 

Acessibilidade

A mostra trabalha com um consultor de acessibilidade e dispõe de área reservada para pessoas com deficiência nas sessões ao ar livre, intérpretes de Libras nos debates, audiodescrição de projeção mapeada (necessário solicitar à produção), além da realização de sessão especial no dia 21 de setembro com legendagem descritiva em tela, audiodescrição e intérprete de libras ao vivo.


Vivência em São Sebastião

No dia 05 de outubro, Cinema Urbana encerra sua edição especial em São Sebastião, com uma ação de ocupação e revitalização da Praça do Reggae, importante pólo cultural da cidade. Por lá acontece uma oficina e uma festa de encerramento aos moldes da abertura, com o coletivo Jamaicana. Deixando legado no território, o projeto realiza uma ação de escuta comunitária e consequente revitalização da praça.

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