
Gastronomia

O Via Satelite DF, restaurante escola do projeto Gastronomia Periférica, estará presente durante todo o evento com almoços, lanches e bebidas a preços populares.
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13.08
Curadoria de Aurora Sandoval
Nesta sessão especial dedicada ao público infantil, TRÊS curtas-metragens convidam crianças e famílias a embarcarem por paisagens onde a imaginação, a ancestralidade, a amizade e o cuidado com o outro se entrelaçam. De ruas que sonham a florestas encantadas, passando por lendas indígenas, bicicletas compartilhadas e pipas ancestrais, os filmes nos aproximam de diferentes mundos e perspectivas — seja pelo olhar sensível de uma menina indígena, pelo encontro entre duas crianças com deficiência, ou pela memória viva dos povos originários. Histórias que tocam o coração, despertam o pensamento e ampliam o olhar sobre o que é possível quando sonhamos juntos.
ALÉM DAS PIPAS
Thiago Oliveira, 6', Brasil, 2023.
Danilo, um garoto tímido que prefere ficar em casa lendo livros, tem sua rotina mudada ao ser transportado para um mundo fantástico repleto de pipas que conectam sua ancestralidade com a realidade.AURORA – A RUA QUE QUERIA SER UM RIO
Radhi Meron, 10', Brasil, 2021.
Se as ruas pudessem falar, o que diriam? Aurora é uma triste e solitária rua de uma grande cidade. Em um dia de chuva forte, ela relembra sua trajetória, sonha com o futuro e se pergunta: é possível uma rua morrer.SOBRE AMIZADE E BICICLETAS
Julia Vidal, 20', Brasil, 2022.
Thiago nunca pensou em participar da corrida de bicicletas, devido à sua condição física. Tudo muda quando ele conhece Cecília, uma corajosa menina com deficiência visual. Juntos eles vão aprender a andar de bicicleta e o significado da amizade.KIGALINHA
Gabrielle Adabo, Gabriel Justo, Felipe Santana, 20', Brasil, 2022.
Uma galinha ciborgue vem do futuro com a missão de buscar ajuda para combater o aquecimento global. No Rio de Janeiro, em 2019, Kigalinha encontra Chico, um jovem que vai aprender com ela e receber um desafio. Kigalinha é uma animação produzida pela ONG IEI Brasil. O nome Kigalinha é inspirado na Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal, acordo internacional que combate os hidrofluorcarbonos (HFCs), gases que causam o aquecimento global.OFICINA I “Encantos da Floresta: Histórias, Cantos e Saberes Indígenas"
Após a sessão infantil, convidamos as crianças para uma vivência especial com o contador de histórias Arthur Wapichana, estudante de Engenharia de Redes e Audiovisual pela UnB, artesão e guardião das tradições do povo Wapichana.Na oficina "Encantos da Floresta", haverá contação interativa de histórias de livros do autor indígena Kamuu Dan, além da apresentação de cantos tradicionais do povo Wapichana e uma roda de conversa com o público sobre a riqueza das culturas indígenas. As crianças também poderão conhecer e artesanatos produzidos por diferentes povos indígenas, como pulseiras, colares, brincos e miniaturas de animais da fauna brasileira feitas com resina natural da Maçaranduba pelo artesão Jaime Macuxi — peças que celebram a biodiversidade e os saberes ancestrais. Uma experiência lúdica e educativa para aproximar os pequenos das vozes, sons e cores dos povos originários do Brasil.
Curadoria de Aurora Sandoval
Nesta sessão especial dedicada ao público infantil, TRÊS curtas-metragens convidam crianças e famílias a embarcarem por paisagens onde a imaginação, a ancestralidade, a amizade e o cuidado com o outro se entrelaçam. De ruas que sonham a florestas encantadas, passando por lendas indígenas, bicicletas compartilhadas e pipas ancestrais, os filmes nos aproximam de diferentes mundos e perspectivas — seja pelo olhar sensível de uma menina indígena, pelo encontro entre duas crianças com deficiência, ou pela memória viva dos povos originários. Histórias que tocam o coração, despertam o pensamento e ampliam o olhar sobre o que é possível quando sonhamos juntos.
ALÉM DAS PIPAS
Thiago Oliveira, 6', Brasil, 2023.
Danilo, um garoto tímido que prefere ficar em casa lendo livros, tem sua rotina mudada ao ser transportado para um mundo fantástico repleto de pipas que conectam sua ancestralidade com a realidade.AURORA – A RUA QUE QUERIA SER UM RIO
Radhi Meron, 10', Brasil, 2021.
Se as ruas pudessem falar, o que diriam? Aurora é uma triste e solitária rua de uma grande cidade. Em um dia de chuva forte, ela relembra sua trajetória, sonha com o futuro e se pergunta: é possível uma rua morrer.SOBRE AMIZADE E BICICLETAS
Julia Vidal, 20', Brasil, 2022.
Thiago nunca pensou em participar da corrida de bicicletas, devido à sua condição física. Tudo muda quando ele conhece Cecília, uma corajosa menina com deficiência visual. Juntos eles vão aprender a andar de bicicleta e o significado da amizade.KIGALINHA
Gabrielle Adabo, Gabriel Justo, Felipe Santana, 20', Brasil, 2022.
Uma galinha ciborgue vem do futuro com a missão de buscar ajuda para combater o aquecimento global. No Rio de Janeiro, em 2019, Kigalinha encontra Chico, um jovem que vai aprender com ela e receber um desafio. Kigalinha é uma animação produzida pela ONG IEI Brasil. O nome Kigalinha é inspirado na Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal, acordo internacional que combate os hidrofluorcarbonos (HFCs), gases que causam o aquecimento global.OFICINA II “Encantos da Floresta: Histórias, Cantos e Saberes Indígenas"
Após a sessão infantil, convidamos as crianças para uma vivência especial com o contador de histórias Arthur Wapichana, estudante de Engenharia de Redes e Audiovisual pela UnB, artesão e guardião das tradições do povo Wapichana.Na oficina "Encantos da Floresta", haverá contação interativa de histórias de livros do autor indígena Kamuu Dan, além da apresentação de cantos tradicionais do povo Wapichana e uma roda de conversa com o público sobre a riqueza das culturas indígenas. As crianças também poderão conhecer e artesanatos produzidos por diferentes povos indígenas, como pulseiras, colares, brincos e miniaturas de animais da fauna brasileira feitas com resina natural da Maçaranduba pelo artesão Jaime Macuxi — peças que celebram a biodiversidade e os saberes ancestrais. Uma experiência lúdica e educativa para aproximar os pequenos das vozes, sons e cores dos povos originários do Brasil.
ARCHITECTON
Viktor Kossakovsky, 98', Alemanha/França, 2024.
Uma reflexão épica, íntima e poética sobre a arquitetura. A partir de um projeto de paisagismo do italiano Michele De Lucchi, o cineasta Victor Kossakovsky reflete sobre a ascensão e queda de civilizações. A grandeza e a loucura da humanidade — e sua precária relação com a natureza — colocam a questão urgente: como podemos construir melhor antes que seja tarde demais? Competição principal Berlim 2024.
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14.08
Nesta sessão, os gestos desenham a paisagem sensível da cidade. Em Nova Aurora, acompanhamos Rosa, adolescente surda em busca de si mesma, que se comunica em Libras num Recife moldado por afetos, silêncios e desafios familiares. No segundo filme, uma nota de 50 reais percorre cinco vidas, revelando fragmentos urbanos costurados por olhares e gestos. Dois filmes que escutam a cidade com o corpo, traçando no espaço outras formas de presença e linguagem.
NOVA AURORA
Victor Jiménez, 18’, Brasil, 2024.
Animação em rotoscopia ambientada na cidade do Recife, onde acompanhamos a trajetória de Rosa, uma adolescente surda que está em fase de autoconhecimento. Enquanto se descobre como artista, Rosa enfrenta o desafio de conviver com um pai solteiro que não fala Libras. O filme propõe uma experiência imersiva, permitindo que o espectador viva a história do ponto de vista (POV) da protagonista. Para isso, as falas orais não são acompanhadas de som, criando uma atmosfera em que a audiência pode se sentir na pele da personagem. Além disso, Nova Aurora traz um conceito inovador em inclusão e acessibilidade para o público surdo, traduzindo o teor emocional da trilha sonora através da psicologia das cores em cada cena, com a pintura dos cenários refletindo o estado emocional de Rosa, conectando a experiência sensorial com a narrativa.SUTURA
Felipe Fuentes e Miller Martins, 15’, Brasil, 2025.
Uma nota de 50 reais rasgada percorre a cidade ao longo de um dia. Em meio a suas rotinas, cinco diferentes pessoas acabam se tornando temporariamente os donos dessa nota.MEDIAÇÃO
Patricia Mazoni, Especialista em Educação e Gestão Ambiental pelo Centro de Desenvolvimento Sustentável da UnB, atua há 25 anos com elaboração e coordenação de projetos socioambientais no terceiro setor, setor privado e poder público.
Foi consultora de sustentabilidade na Copa do Mundo Fifa 2014 no Estado da Bahia, elaborou e implementou o Plano de Sustentabilidade e Legados Sociais da SECOPA BA. Atua como consultora do Sebrae com a elaboração de estratégias de sustentabilidade para mais de 30 eventos realizados no DF, Bahia e São Paulo, tais como. No terceiro setor, contribui com as pautas de impacto social, especialmente com a estruturação de projetos de emancipação de jovens de menor renda a partir da qualificação profissional, empreendedorismo e conexão com o mundo do trabalho idealizando os projetos Programando Futuros e Meta Lab com a ONG Programando o Futuro.
Com o despejo iminente, em Raízes da Maré, as comunidades ribeirinhas Prainha e Fibra, no centro de Aracaju, refletem sobre seus modos de vida e tradições.Carpinteiros da Amazônia revela a ancestral arte da carpintaria ribeirinha, milenar e ameaçada, mostrando sua relação íntima com a natureza e os desafios atuais, como a exploração predatória da madeira e a migração para construções de alvenaria. Um olhar sobre a resistência cultural e os saberes que se mantêm vivos em meio à transformação.
RAÍZES DA MARÉ
Luca Alves Eleutério Lopes, 24’11’’, Brasil, 2024.
Com o despejo iminente, as comunidades ribeirinhas Prainha e Fibra, situadas no centro de Aracaju, Sergipe, refletem sobre seus saberes, formas de lazer e meios de subsistência.CARPINTEIROS DA AMAZÔNIA
Luis Andre Guedes e Pablo do Vale, 55’, Brasil, 2024.
Documentário que explora a rica tradição da carpintaria ribeirinha, um ofício ancestral com mais de 7.000 anos de história, que continua a ser a base de muitos projetos arquitetônicos, mesmo diante dos avanços tecnológicos. Na Amazônia, no entanto, essa arte milenar está sob ameaça de desaparecimento, especialmente entre as comunidades que vivem em íntima conexão com a natureza. O filme também aborda os desafios contemporâneos enfrentados pela carpintaria amazônica, como a exploração predatória da madeira, a crescente migração para construções de alvenaria e a desvalorização do ofício pelas novas gerações.Documentário que explora a rica tradição da carpintaria ribeirinha, um ofício ancestral com mais de 7.000 anos de história, que continua a ser a base de muitos projetos arquitetônicos, mesmo diante dos avanços tecnológicos. Na Amazônia, no entanto, essa arte milenar está sob ameaça de desaparecimento, especialmente entre as comunidades que vivem em íntima conexão com a natureza. O filme também aborda os desafios contemporâneos enfrentados pela carpintaria amazônica, como a exploração predatória da madeira, a crescente migração para construções de alvenaria e a desvalorização do ofício pelas novas gerações.Curadoria de Paty Yxapy
No filme, Gãh Té traz a narrativa da mulher indígena Kaingang que conduz suas parentes Iambré por um caminho ancestral, entrelaçando ética do cuidado, luta pela retomada territorial e resistência frente às violências históricas. O filme ressalta a importância dos Kaingang como cuidadores da Terra, contrapondo-se à destruição promovida pela colonização.
A curadoria da sessão foi realizada pela cineasta e curadora indígena Paty Yxapy, que contribui com sua expertise e compromisso com o fortalecimento da voz das mulheres indígenas no cenário audiovisual.
LEMBREM DISSO, MINHAS IAMBRÉ
Gãh Té e Bruno Huyer, 50', Brasil, 2025.
Mobilizando cantos e falas inspiradas, Gãh Té, mulher indígena kaingang, conduz suas parentes iambré pelo caminhar de seus antepassados através de uma ética do cuidado com todos os seres do cosmos, humanos e não-humanos. Entrelaçando o tempo dos antigos e sua luta contemporânea na retomada de um território kaingang no Morro Santana em Porto Alegre/RS (Brasil), defende que os Kaingang são os cuidadores da Terra em contraposição aos brancos, que precisam ser amansados para aplacar sua estupidez violenta que tudo destrói.MEDIAÇÃO
Patricia Ferreira Yxapy é professora ,realizadora audiovisual, curadora e roteirista do Povo Guarani Mbya. É uma das pioneiras na produção audiovisual original de mulheres Guarani no Rio Grande do Sul .Acredita no cinema como ferramenta para as lutas do povo guarani. Em seus filmografias fala da resistência ,fronteiras ,caminhadas ,território e espiritualidade guarani. O objetivo do Seu trabalho é promover a visibilidade do povo guarani por meio do audiovisual, expondo suas lutas, pensamentos, modo de vida guarani mbya e enfatizando o protagonismo feminino. Mora na Aldeia Ko’enju, em São Miguel das Missões/RS, onde leciona desde 2006. Em 2007, cofundou o Coletivo Mbyá-Guarani de Cinema, seu primeiro longa autoral e circula em festivais de cinema com o filme TEKO HAXY – ser imperfeita, codirigido com Sophia Pinheiro.
Vídeo-Cartografias da Resistência pela Terra
conversa com Richard Wera Mirim e Paulo Tavares
O fotógrafo, cineasta e mídia-ativista Richard Wera Mirim e o arquiteto Paulo Tavares conversam sobre o papel do áudio visual no ativismo pela defesa dos territórios, das florestas e da natureza. Desde os anos 1980, com a virada democrática, o audiovisual tem sido utilizado como ferramenta política para lutas territoriais e documentação de dimensões patrimoniais e cosmológicas indígenas que contestam visões coloniais da paisagem. Ao longo de décadas de luta e resistência pela demarcação de seus territórios ancestrais – finalmente concretizada em 2025 num marco histórico das lutas indígenas – as comunidades Guarani da T.I. Jaraguá tem utilizado meios audiovisuais, através de vários coletivos e produtores de mídia, como instrumento de defesa territorial. A conversa será precedida da exibição do vídeo-documentário Y, Yvurupa, que versa sobre a dimensão sagrada das florestas do Jaraguá e as ameaças do território Guarani pela expansão urbana predatória de São Paulo.
Richard Wera Mirim é cineasta, fotógrafo e comunicador Guarani Mbya da Terra Indígena Jaraguá, em São Paulo. É também diretor do coletivo @midiaguaranimbya, voltado à produção e difusão de narrativas indígenas a partir do território. Sua atuação atravessa as linguagens do cinema, da fotografi a e das artes visuais, com foco na memória, espiritualidade, território e autodeterminação dos povos originários. Com uma trajetória comprometida com o fortalecimento das narrativas indígenas, desenvolve projetos audiovisuais autorais em colaboração com comunidades, artistas e instituições culturais. Seu trabalho se destaca pela articulação entre política, estética e ancestralidade, abordando temas como território, oralidade e resistência. Participa de exposições e projetos culturais em âmbito nacional e internacional, tendo suas obras exibidas em museus, centros culturais e plataformas digitais. Atua também na formação de jovens comunicadores nas aldeias e na criação de acervos audiovisuais comunitários. Participou de formações livres em cinema, fotografi a e edição promovidas por instituições como Sesc SP, Instituto Vladimir Herzog, Universidade de São Paulo e outras redes de apoio à cultura indígena, desenvolvendo uma produção contínua e insurgente a partir de uma perspectiva comunitária e territorializada.
Paulo Tavares é arquiteto, pesquisador e educador. Sua prática cruza arquitetura, culturas visuais e justiça espacial, com projetos apresentados em instituições como a Trienal de Arquitetura de Oslo, Bienal de Design de Istambul, Bienal de Arte de São Paulo e Bienal de Arquitetura de Veneza 2023.
É autor de Selva Jurídica (2014), Memória da Terra (2018), Des-Habitat (2019), Lúcio Costa era Racista? (2022) e Derechos No-Humanos (2022). Lecionou em universidades no Equador, Reino Unido e atualmente é professor na Universidade de Brasília.
Fundador da agência autônoma, colaborador do coletivo Forensic Architecture e ex-pesquisador do Canadian Centre for Architecture, foi co-curador da Bienal de Arquitetura de Chicago 2019. Em 2023, recebeu o Leão de Ouro na Bienal de Veneza pelo projeto Terra, com Gabriela de Matos.
A Mostra Internacional de Cinema de Arquitetura Cinema Urbana convida o público para uma celebração da palavra, da imagem e do pensamento urbano no Lançamento de Livros, reunindo autores e obras que dialogam com os temas centrais da mostra: cidade, memória, meio ambiente, diversidade cultural e imaginação urbana. Entre os destaques está “Iniciação à Dendrolatria”, de Nicolas Behr, poeta marginal e ativista ecológico radicado em Brasília. Em versos que reverenciam as árvores, o cerrado e a vida, Behr convida à conexão espiritual e política com a natureza, num gesto poético de resistência e amor ao planeta. Em “O Sol Só Vem Depois”, o arquiteto e fotógrafo José Roberto Bassul apresenta um fotolivro lírico e inquietante sobre as paisagens urbanas. Com imagens que evocam miragens e colapsos, mas também sugerem lampejos de esperança, Bassul traça uma crítica visual aos excessos da vida urbana, entre ruínas e possíveis renascimentos. Outras obras coletivas também compõem este lançamento. Os três volumes da série "Várzeas Urbanas: habitar paisagens de várzeas" exploram a simbologia, as práticas e as cartografias desses territórios urbanos geralmente marginalizados, oferecendo olhares interdisciplinares sobre suas vidas e resistências. O livro do 2º Seminário TOPOS, organizado pela FAU-UnB, destaca a importância dos acervos de arquitetura e urbanismo como memória viva das cidades e da construção de saberes técnicos e culturais sobre o espaço urbano. A publicação “Mulheres Indígenas e a Diversidade Cultural Brasileira”, fruto de parceria entre o Ministério das Mulheres e o Laboratório LAB Mulheres da Universidade de Brasília, traz um olhar profundo e urgente sobre os territórios indígenas e o protagonismo das mulheres na preservação da cultura e na luta por justiça e autonomia.A presença significativa de autores e pesquisadores da Universidade de Brasília — como Carolina Pescatori, Carlos Henrique Lima, Ricardo Trevisan, entre outros — reforça o papel da universidade pública como motor de produção de conhecimento crítico, engajado e plural. Este lançamento é, acima de tudo, um convite à leitura do urbano em suas múltiplas camadas: suas feridas, suas árvores, suas margens e suas possibilidades de reinvenção.
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15.08
Esta sessão reúne filmes que abordam o território como arquivo vivo e espaço de ressignificação, onde memória e matéria se entrelaçam em práticas de cuidado e reconstrução. A partir de gestos cotidianos — como cultivar um jardim, restaurar relações com a terra ou reimaginar o espaço urbano — os filmes revelam formas de resistência poética frente à degradação ambiental e social. O reaproveitamento de materiais, saberes e afetos se apresenta como estratégia estética e política, ativando narrativas de pertencimento. Essas obras iluminam modos de habitar o mundo com atenção, harmonia e imaginação.
CITY - MICHAEL HEIZER
Andre Alves e Ethiene Cordeiro, 8’58’’, Brasil, 2023.
O filme-documentário debruçado sobre a obra CITY de Michael Heizer buscando uma compreensão do sentido da obra entre os domínios da escultura e da arquitetura, não abre indagações sobre os conceitos interpretados nas teses de Rosalind Krauss, Antony Vidler e Vitruvius.CEMITÉRIO VERDE
Maurício Chades, 25’, Brasil, 2023.
Lavina se aposenta e compra uma casa em uma pequena cidade no meio do cerrado brasileiro. No quintal, o solo era tão degradado que nem grama conseguia crescer. Então, ela começa a plantar um jardim agroflorestal, oferecendo cada muda a uma pessoa querida que já faleceu.POETRY OF DISCARDED MATERS / RICCARDO DALISI: LA POESIA DELLE MATERIE SCARTATEManuel Canelles, 51’, Itália, 2025.
Riccardo Dalisi é considerado um dos designers e artistas italianos mais relevantes e radicais: na década de 1970, fundou, junto com Ettore Sottsass, Alessandro Mendini, Andrea Branzi e outros, a experiência Global Tools, uma contracorrente na arquitetura e no design que reuniu o trabalho daqueles que se identificavam com a chamada ‘arquitetura radical’ em torno das revistas Casabella e Spazio e società. O documentário retrata a dimensão social desenvolvida por Riccardo Dalisi nos anos 1970, sua poética como artista e designer e sua profunda relação com realidades marginais, como o Rione Traiano e as comunidades artesãs da Rua Catalana, buscando estabelecer uma ponte entre a experiência histórica e as emergências vivas das novas gerações e das novas formas de pobreza.
Curadoria de André Costa
Nesta seleção de curtas-metragens, a paisagem emerge como território de invenção formal e política, atravessada por memórias, ficções e experimentações sensoriais. Os filmes reunidos em Paisagens Experimentais exploram diferentes modos de estar, habitar e representar os espaços, revelando tensões entre natureza, arquitetura e sociedade. Em Do Caldeirão de Santa Cruz, por exemplo, a granulação do filme 16mm vencido se mistura à poeira do sertão cearense, evocando a luta e a memória da comunidade camponesa que ali resistiu. Em Twentyynewt, as imagens captadas da janela de um arranha-céu em Hong Kong, com estereoscopia 3D, criam uma camada de distanciamento físico e emocional, refletindo os sentimentos de confinamento e isolamento vividos durante a pandemia.
A diversidade de abordagens formais percorre toda a mostra: em Because We Can, a câmera flutua pelos interstícios de água e vegetação no Jardim Botânico da Austrália, revelando os artifícios que sustentam o equilíbrio entre o natural e o construído. Just a Car Park transforma um estacionamento brutalista prestes a ser demolido em uma sequência de imagens filmadas estáticas que dialogam com a fotografia de arquitetura. Concrete Seed, por sua vez, mistura ficção ensaística e estranhamento sonoro para reimaginar o urbanismo das new towns britânicas, enquanto Bonsai, através da animação stop-motion, narra o desenvolvimento da arquitetura chinesa sob a perspectiva de uma árvore. Entre o documentário, a animação, a ficção e o ensaio, os filmes reunidos nesta mostra tensionam os limites da representação audiovisual da arquitetura e da paisagem. Essas obras propõem novas formas de mediação estética e crítica, ampliando o campo de percepção e reflexão sobre os espaços construídos e imaginados.
BECAUSE WE CAN
Ian Gibbins, 4’28’’, Austrália, 2023.
Nós purificamos, filtramos, peneiramos, retificamos, aliviamos... estupefazemos, impomos, atordoamos, devastamos, oprimimos... irradiamos, enfeitiçamos..." Mas por quê? Por que causamos tanto dano ao nosso próprio ambiente, e depois gastamos tanto tentando recriá-lo segundo nossos próprios desenhos? O que está por trás do nosso desejo de transformar o mundo natural em algo feito por nós? Os Jardins Botânicos simbolizam a tensão entre o desejo humano de admirar a natureza e de controlá-la. No filme, as diferentes formas pelas quais a água habita as interfaces entre o natural e o manufaturado estão representadas no registro do Jardim Botânico de Adelaide, ao redor de Kainka Wirra, na terra não cedida dos Kaurna, no sul da Austrália.BONSAI
Ana Victória Dias de Araújo, Beatriz Ripp Carreira, Maria Luiza Dias Seixas, Nayara da Cunha Pugas, 6’57’’, Brasil, 2025.
Retrato cronológico da arquitetura chinesa contado a partir da perspectiva de uma árvore, por meio da arte do stop motion. O objetivo final é provocar uma reflexão sobre os rumos das intervenções e produções arquitetônicas no futuro e seus consequentes impactos ambientais.DO CALDEIRAO DE SANTA CRUZ
Weyna Macedo, Lucas Parente, Adeciany Castro, Mariana Smith, 10’05’’, Brasil, 2025.
Liderado por Beato José Lourenço, o Caldeirão da Santa Cruz do Deserto foi um movimento comunitário religioso que durou de 1926 a 1937, quando foi invadido pela polícia e bombardeado pela Força Aérea Brasileira. Hoje, a comunidade é citada como exemplo de autonomia camponesa por lideranças quilombolas, agroecológicas e do MST. Filmado em 16mm, com película vencida encontrada em um depósito da Aeronáutica em Recife, com revelação caseira e pós-produção digital, o projeto busca criar uma fusão entre a materialidade fílmica e a paisagem do Caldeirão.JUST A CAR PARK
Joe Gilbert, 3’, Reino Unido, 2019.
O estacionamento da Welbeck Street é um ícone do brutalismo. Uma verdadeira estrutura única, famosa por sua fachada com padrão em losangos. Apesar disso, o conselho local vendeu o edifício em 2017 para dar lugar a um hotel de luxo. A demolição agora é iminente.
THE CONCRETE SEED: A NEW TOWN FABLE
Jamie McNeill, 19’10’’, Reino Unido, 2025.
Uma ficção ensaística que apresenta uma crítica peculiar ao projeto das novas cidades britânicas do pós-guerra, com foco especial em sua relação com a Escócia, e, de forma mais ampla, ao planejamento espacial. Peculiar porque articula essa crítica por meio de uma sátira que evita o tom didático, optando por uma abordagem experimental que combina uma voz subjetiva com narrativa, imagens e som imersos no universo do estranho e do misterioso.TWENTYTNEWT
Max Hattler, 7’, Alemanha/Hong Kong, 2023.
Filmado inteiramente a partir de um apartamento no 36º andar de um edifício alto, as imagens deste documentário experimental animado exploram grandes áreas da paisagem urbana de Hong Kong, chamando atenção para as vidas individuais escondidas dentro dos prédios — juntos, porém sozinhos, coletivamente isolados. Inicialmente gravado em 2020 e finalizado em 2023 com a vantagem da distância crítica, TWENTYTИƎWT / 二〇二〇 tenta encapsular a escuridão, o confinamento e a incerteza do ano 2020.
Paisagens do Exílio - Nesta sessão, a paisagem se revela como espaço de enraizamento, memória e reconstrução — território afetivo onde se projetam ausências e resistências. A ILHA apresenta o olhar da menina Ada sobre seu vilarejo assolado pela seca, em risco de abandono. Com sua câmera, ela tenta preservar a memória de um lugar que talvez não exista amanhã. Em Detours, o deslocamento é uma experiência sensorial: filmado entre 2019 e 2021 no Líbano, o documentário nos insere em um estado de desorientação contínua, onde a migração do olhar revela fissuras entre o que se vive e o que se recorda. Ruínas de Navarone retoma o projeto brutalista interrompido da Escola Superior de Guerra em Brasília, evocando os traços de um Brasil autoritário que moldou espaços e silenciou presenças. Já no filme Outra Ilha, a construção comunitária de um bairro cabo-verdiano na periferia industrial de Sines, em Portugal, retrata a construção, com o tempo e a solidariedade, de uma nova forma de habitar. São narrativas que transformam ruínas e deslocamentos em formas de pertencimento.
A ILHA
Mahmut Taş, 5’, Turquia, 2024.
Ada é uma menina que vive em um vilarejo seco, onde não chove há muito tempo. Sua família considera deixar o lugar caso a sede continue. Ada fica muito triste com essa possibilidade e decide nos contar sobre seu vilarejo com sua câmera. Ela vai até um lago que costumava ser cheio de água e visita a ilha que leva seu nome. Mas encontra o lago completamente seco, o solo rachado e nenhum sinal de água.DETOURS
Vida Guzmić, 23’48’’, Croácia, 2024.
Documentário experimental filmado no Líbano entre 2019 e 2021 que aborda questões de deslocamento, pontos de vista e memória. Através da posição da “visão periférica”, “Detours” constrói uma narrativa de impressões sensoriais, orientações, imagens alienadas, imagens que permanecem fora do enquadramento. A obra não é uma documentação ou análise das políticas atuais e dos eventos turbulentos, mas uma experiência de desorientação dentro deles. O filme foi realizado usando Super 8, câmeras analógicas fixas, câmeras digitais e diversas lentes.OUTRA ILHA
Eduardo Saraiva Pereira, 32’32’’, Portugal, 2024.
O retrato em forma de mosaico de uma comunidade vinda de Cabo-Verde e que, nos anos 1980, deu origem ao bairro Amílcar Cabral, um conjunto de ruas e habitações por vezes inacabadas, na periferia do Porto Industrial de Sines, o maior porto artificial de Portugal. Ao longo dos anos, num espírito de ajuda comunitária, as famílias foram construindo as suas casas, semeando as suas hortas nos terrenos baldios e em torno das fábricas que elas ajudaram a edificar.RUÍNAS DE NAVARONE
Marcela Tamm Rabello, 18’54’’, Brasil, 2023.
Uma artista visual visita as ruínas da Escola Superior de Guerra em Brasília, obra que teve início e foi interrompida na década de 1970, durante o período da ditadura militar no Brasil.
Curadoria de Analu Bambirra e Carol Almeida
Nota da curadoria | Mostra de Cinema Árabe Feminino
Projetos que erguem modelos de cidades de um futuro destinado a poucos estão sempre coadunados com projetos que destroem histórias e vidas de cidades em um passado que segue se atualizando no presente. Curiosamente, o mesmo fator “tempo” reivindicado por esses projetos, que estão a toda hora sinalizando palavras de ordem como “progresso” e “desenvolvimento” é exatamente aquilo que, como resultado dessas políticas, acaba por revelar que o tempo é sempre uma representação do Ouroboros, a serpente que come a própria cauda.
Em três filmes de duas diretoras palestinas, esse tempo cíclico está dado pela forma como elas questionam narrativas ditas “oficiais” sobre espaços que, de diferentes formas, foram e são vítimas de empreendimentos coloniais. Em Capital, de Basma AlSharif, uma irônica crítica ao projeto arquitetônico de uma “nova Cairo”, no Egito, se torna familiar a partir dessa obsessão com projetos de condomínios residenciais que parecem ilhas neoliberais de um bem-estar eticamente segregacionista e esteticamente cafona.
Em Canada Park e Uma Pedra Atirada, a diretora Razan AlSalah dá continuidade a um mapeamento que ela já tinha feito em seu primeiro curta-metragem, que é o de revelar apagamentos do povo palestino se utilizando de ferramentas coloniais – o Google Maps e o Google Earth. É com essa tecnologia que ela vai revelar, em Canada Park, a destruição de uma histórica vila palestina chamada Imwas (presente no texto bíblico), que em 1967 foi totalmente apagada por forças israelenses para que, no mesmo local, fosse erguido um “parque” florestal de paisagem típica da Europa e da América do Norte, como parte de um discurso de povoamento supostamente “ecológico” que, até hoje, é uma das estratégias discursivas do chamado “greenwashing” em Israel.
O procedimento estético de AlSalah se torna ainda mais sofisticado em seu mais recente filme, Uma Pedra Atirada, em que a diretora abre a História para frente e para trás a partir de superposições entre tempos distintos que se encontram em um só projeto do capitalismo colonial. Começam assim a se misturar a figura de um senhor (pai da diretora) andando pela orla de Beirute, no Líbano, imagens do Google Earth de uma ilha no meio do golfo pérsico onde se armazena e se refina petróleo e uma foto de 1936, quando trabalhadores palestinos tentaram explodir uma tubulação da British Petroleum (BP) na cidade palestina de Haifa – hoje também tomada pelo estado de Israel.
Estamos lidando com três filmes que, a partir de estratégias distintas de cinema experimental, desvelam que, por trás de muitos projetos que prometem “avanços”, há retrocessos ambientais e humanos imensuráveis.
Carol Almeida e Analu Bambirra
CANADA PARK
Razan AlSalah, 8', Palestina, 2020.
Eu ando na neve para cair no deserto. Eu me encontro em território indígena não cedido que chamam de Canadá – uma exilada incapaz de retornar à Palestina. Eu ultrapasso a fronteira colonial como um espectro digital que flutua pelo Parque Ayalon-Canadá, construído em cima de três aldeias palestinas arrasadas pelas Forças de Defesa de Israel em 1967.UMA PEDRA ATIRADA
Razan AlSalah, 40', Canadá /Palestina/ Líbano, 2024.
Amine, um ancião palestino, é exilado duas vezes da terra e do trabalho. Ele é deslocado de sua cidade natal, Haifa, buscando refúgio em Beirute, e novamente para a ilha de Zirku, para trabalhar em uma plataforma de petróleo offshore e em um campo de trabalho no Golfo Árabe. "Uma Pedra Atirada" ultrapassa fronteiras para revelar uma proximidade emocional e material entre a extração de petróleo e o trabalho na região
e a colonização sionista da Palestina.
O filme ensaia uma história da resistência palestina quando, em 1936, os trabalhadores do petróleo de Haifa explodem um oleoduto
da BP.A diretora desses 2 curtas-metragem Razan AlSalah é uma artista e professora palestina, radicada em Tio’tia:ke/Montreal, que investiga a estética material da des/aparição de lugares e pessoas em mundos de imagens coloniais. Seu trabalho foi exibido em festivais de cinema internacionais e comunitários, e em galerias de arte, incluindo Art of the Real, Prismatic Ground, RIDM, HotDocs, Yebisu, Melbourne, Glasgow e Beirut International, Sharjah Film Forum, IZK Institute for Contemporary Art e Sursock Museum. AlSalah co-dirige o Feminist Media Studio com Krista Lynes e ensina cinema e mídias artísticas no departamento de Estudos de Comunicação da Concordia University.
CAPITAL
Basma al-Sharif, 17', Egito / Itália, 2023.
Um ventríloquo entra em um bar e pede uma bebida forte.O garçom pergunta: isso é tudo?O boneco responde: Parece que eu consigo falar com esta mão na bunda?À medida que o Egito se afunda ainda mais na pobreza e é dominado por dívidas, novas cidades estão sendo erguidas em todo o país e as prisões se enchem de opiniões divergentes. Mas para quem são essas cidades e que desejo ou ambivalência elas inspiram – e a que custo. Como atualmente não é possível falar com segurança sobre isso, um ventríloquo, músicas e anúncios descrevem uma era de fascismo aparentemente passada.Fazendo referência aos filmes da Telefoni Bianchi, precursora do cinema de propaganda sob o governo de Mussolini, o legado da construção de novas capitais fornece o material para expressar opiniões e esperança por meio da sátira.A diretora Basma al-Sharif É uma artista e cineasta de ascendência palestina – explora histórias e conflitos políticos cíclicos. Em filmes e instalações que avançam e retrocedem na história, entre o lugar e o não-lugar, ela confronta o legado do colonialismo e a experiência do deslocamento com sátira, imersão e lirismo.
MEDIAÇÃO
Muna Muhammad Odeh é professora associada do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB). Nascida em Jerusalém, vive no Brasil desde 1992. Bióloga formada pela American University (Washington D.C.), possui formação em antropologia médica, pesquisa social aplicada e sociologia da saúde. Atua nas áreas de saúde coletiva, saúde do homem, gênero, raça, migração, saúde mental e colonialidade, com forte envolvimento em pesquisa, ensino e extensão.
Defensora da causa palestina, Muna tem se manifestado publicamente contra a ocupação militar e o apartheid imposto por Israel, que denuncia como um processo de colonialismo e genocídio. Criticou duramente os ataques recentes à Faixa de Gaza e defende o fim da guerra contra Gaza e os territórios palestinos ocupados, o apoio humanitário imediato à Gaza e o rompimento do Brasil das relações comerciais, diplomáticas e acadêmicas com Israel como parte do movimento global palestino de Boicote, Desinvestimento e Sanções, o BDS. Sua trajetória combina sólida formação acadêmica com um firme compromisso ético e político com os direitos humanos e a autodeterminação dos povos.
PARCERIA FESTIVAL DE CINEMA ARABE FEMININO
A parceria entre a Cinema Urbana e a Mostra de Cinema Árabe Feminino reafirma o compromisso com a ampliação do acesso a obras cinematográficas dirigidas por mulheres árabes, residentes no mundo árabe ou na diáspora. Desde sua primeira edição em 2019, a mostra se dedica a revelar a pluralidade de linguagens e narrativas não-hegemônicas produzidas por essas cineastas.
A curadoria é realizada pelas brasileiras Analu Bambirra e Carol Almeida, que selecionam filmes narrativos, documentais e experimentais, buscando colocar as diretoras no centro do debate, valorizando seus contextos de produção e propostas estéticas.
Para essa edição da Cinema Urbana em 2025, o foco recai sobre o papel do cinema diante do genocídio hipervisível do povo palestino. É a primeira vez que a mostra ocorre em meio a um processo tão evidente de limpeza étnica, um momento que exige reflexão sobre o papel dos festivais de cinema como espaços de resistência e denúncia.
Entre os filmes selecionados, destacam-se três curtas palestinos que abordam a memória, a resistência e o deslocamento causados pela ocupação e colonização, trazendo narrativas essenciais para compreender a realidade palestina contemporânea.
A parceria celebra essa troca cultural e política, reafirmando que o cinema pode ser um espaço essencial de visibilidade, memória e luta.
Analu Bambirra Formada em Cinema e Audiovisual pelo Centro Universitário UNA em Belo Horizonte/MG (2015). Sócia da Partisane Filmes, é produtora, produtora executiva e distribuidora de curtas-metragens. Foi assistente de produção na Anavilhana de 2014 a 2021, e consultora de projetos na mesma empresa de 2021 a 2022. Atualmente, Analu trabalha no acompanhamento de projetos da Ocean Films. Dentre os projetos que colaborou, destacam-se os longas-metragens “A cidade onde envelheço” (Marília Rocha), “Canção ao Longe” (Clarissa Campolina), “Kevin” (Joana Oliveira), “Breve História do Planeta Verde” (Santiago Loza), “Amazônia, a Nova Minamata?” (Jorge Bodanzky) e “No Céu da Pátria Nesse Instante” (Sandra Kogut). Foi produtora executiva dos filmes “Minha África Imaginária” (2024), “Ni Una, Ni Uno” (2024), “O dia em que Helena matou o presidente” (2022) e “Como uma oração” (em pós-produção). Foi produtora de cópias da mostra Do Outro Lado - O Cinema de Fatih Akin. É curadora e produtora da Mostra de Cinema Árabe Feminino.
Carol Almeida é pesquisadora, professora e curadora de cinema. Doutora no programa de pós-graduação em Comunicação na UFPE, com pesquisa centrada no cinema contemporâneo brasileiro. Faz parte da equipe curatorial do Festival Olhar de Cinema/Curitiba, da Mostra de Cinema Árabe Feminino e da Mostra que Desejo, além de ter participado da equipe curatorial de festivais como Recifest, festival de cinema queer do Recife, For Rainbow, festival de cinema queer em Fortaleza e, mais recentemente, da equipe de seleção do Forumdoc, em Belo Horizonte. Ministra aulas sobre curadoria, cinema brasileiro e representação de mulheres no cinema. Membro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema (Socine).

16.08
Durante o festival, celebramos com orgulho a parceria com a Gastronomia Periférica na operação da lanchonete, bar e restaurante do Espaço Cultural Renato Russo. Este espaço é mais do que um ponto de alimentação; é um projeto que valoriza a educação de pessoas periféricas e promove a sua inserção no universo gastronômico de forma justa e sustentável.
Nosso cardápio é um convite para uma viagem pelos biomas brasileiros — Amazônia, Mata Atlântica, Pantanal, Caatinga, Pampas e Cerrado, trazendo o que há de melhor em cada região. Além disso, preparamos os biomas para corresponderem aos temas dos filmes exibidos, criando uma experiência sensorial que conecta sabor e cultura.
Em um país de natureza tão diversa e sabores inesquecíveis, a gastronomia brasileira se ergue como um pilar de força e identidade. Construída por meio de um emaranhado de aromas e texturas que transcendem fronteiras, a cozinha une culturas e celebra a rica diversidade do Brasil, valorizando o trabalho e a história dos trabalhadores brasileiros que dão vida a essa força.
Aqui tem muito Brasil, em cada prato e em cada sabor.
Vozes da Terra - Entre palavras, rastros e afetos, esta sessão nos convida a escutar o Cerrado — bioma ameaçado, mas ainda vibrante de vida e sabedoria. Em Cabeça de Fogo, Marta Narciso compartilha sua vivência íntima com a Serra dos Pireneus, convidando-nos a perceber os sons, cheiros e ritmos da natureza como uma forma de resistência poética diante da degradação ambiental. Já o documentário Caminhando com onças apresenta a força das comunidades rurais e o papel das mulheres na preservação da biodiversidade, em especial das onças-pintadas, símbolo do equilíbrio ecológico. Ao entrelaçar modos de vida, saberes locais e cuidado com a terra, os filmes constroem uma paisagem onde a justiça ambiental é também uma forma de pertencimento e futuro.
CABEÇA DE FOGO
Lidiana Reis, 9’30’’, Brasil, 2024.
Pireneus, semeia palavras que nos convocam a uma conexão harmoniosa com a natureza, compreendendo seus sistemas, sons, cheiros e formas.ADOBE: HABILIDADES TRADICIONAIS DA CONSTRUÇÃO KALUNGACarlos Pereira, Hugo Casarisi, Gabi Cerqueira, 29’47’’, Brasil, 2025.
No coração do quilombo reconhecido pela UNESCO como Sítio Histórico Patrimônio Cultural Kalunga, o documentário mergulha na riqueza cultural e nas técnicas de construção vernacular da comunidade Kalunga. Através de entrevistas com anciãos, líderes comunitários e jovens, o filme revela como o uso do adobe e de outros materiais naturais não apenas constrói casas, mas também tece a identidade, a resistência e a história de um povo que preservou suas tradições por gerações.CAMINHANDO COM ONÇAS
Larissa Corino, Letícia Benavalli, Rodrigo Rangel, 25’, Brasil, 2025.
O documentário revela a biodiversidade do Cerrado Goiano, destacando as onças-pintadas e a importância da conservação local. Acompanhamos a preservação das tradições e a interação sustentável com a natureza a partir do empoderamento das mulheres e comunidades rurais de Cocalzinho de Goiás.
Entre ruínas e resistências, esta sessão explora as paisagens urbanas marcadas por remoções forçadas e conflitos habitacionais. Em Adis Abeba, uma mulher busca sua companheira entre as demolições que apagaram memórias e laços sociais, enquanto em São Paulo, comunidades enfrentam a ameaça da urbanização e a resistência dos moradores mais abastados. São retratos sensíveis de paisagens humanas em transformação, onde a luta pelo espaço e pela memória se entrelaçam.
WHEN I CAME TO YOUR DOOR
Antonio Paoletti, 10’, Etiópia/Países Baixos, 2024.
Uma mulher procura por sua companheira entre as ruínas de um bairro em Adis Abeba, atingido pelas ondas de remoções forçadas que varrem os assentamentos informais da cidade. O filme registra imagens reais de uma das demolições mais recentes, que desalojam comunidades de baixa renda para dar lugar a grandes projetos urbanos em uma cidade em rápida expansão. Um retrato assombroso de uma cidade onde memórias e laços sociais são apagados pelo avanço implacável do desenvolvimento urbano, revelando seu impacto desumanizador sobre os moradores mais vulneráveis.INTERVENÇÃO
Gustavo Ribeiro, 96', Brasil, 2024.
A vida dos residentes de São Paulo em uma comunidade composta por duas favelas e um projeto habitacional, com mais de 50 anos e à beira da urbanização. No entanto, os residentes mais ricos resistem a essa mudança, numa postura conhecida como "não no meu quintal". Vencedor do Prêmio da Crítica de Melhor Filme Brasileiro na 48ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
A Casa como Paisagem reúne filmes que exploram a casa não apenas como abrigo físico, mas como território de afetos, memórias e invenções diante da instabilidade. Entre confinamentos, despedidas e recomeços, as obras desta sessão propõem uma escuta atenta dos espaços domésticos e de suas camadas subjetivas — sejam eles cenário de resistência cotidiana, de criação artística, de despedida ou de reinvenção de si. A casa aparece aqui como paisagem íntima, moldada por gestos, ausências e desejos, onde o tempo desacelera e os traços da vida ganham contorno sensível.
A CASA IMAGINADA
Marta Morais Miranda, 18’26’’, Portugal, 2023.
Quando nos vemos confinados à casa, é-nos dada a oportunidade de refletir sobre o que mantemos entre paredes. Uma reflexão sobre a casa, transmitida através de acontecimentos do dia a dia e através das memórias que nela vão se acumulando; de todas as casas anteriormente ocupadas, de todos os habitantes que dela fazem ou fizeram parte. A Casa Imaginada evoca a transitoriedade para encontrar aquilo que é comum aos lugares onde vivemos.CASA DE ARTISTA
Denise Moraes, 16’15’’, Brasil, 2023.
Uma leitura sensível do espaço doméstico a partir das vivências de mulheres artistas frente às problemáticas cotidianas, agravadas pela chegada da pandemia de Covid-19. Durante esse período, diversas profissões foram extremamente penalizadas, entre elas, as profissionais do campo das artes. Busca-se perceber a casa como lugar propulsor de processos artísticos autobiográficos, mas também como refúgio para as artistas reclusas, afetadas pela pandemia, suas incertezas e consequente desamparo.DAS RETIRÉE OR THE LAST HOUSE OF MY FATHER
Julie Pfleiderer, 43', Bélgica, 2023.
Se você fosse projetar a casa dos seus sonhos agora, no fim da vida, como ela seria? Essa pergunta feita pela cineasta ao seu pai, o arquiteto aposentado Karlhans Pfleiderer, é o ponto de partida de Das Retirée ou A Última Casa do Meu Pai. Lentamente, a casa começa a tomar forma — primeiro desenhada em camadas sobrepostas de papel vegetal, depois montada em uma maquete em escala. Entre palavras e gestos, o filme da filha torna-se a última casa do pai: um espaço onde palavras não ditas e desejos não realizados podem emergir, revelando mecanismos de sobrevivência transmitidos por várias gerações.MAIO
Claudio Carbone, 12’27’’, Portugal, 2025.
O bairro de 6 de Maio, na Amadora, região metropolitana de Lisboa, tem os seus dias contados; apenas algumas casas permanecem de pé. O filme acompanha os últimos dias de Cátia, uma das mais antigas moradoras deste bairro.MEDIAÇÃO
Julie Pfleiderer
O PRIMEIRO SIZA
Sara Nunes, 60', Portugal, 2025.
Documentário sobre as ‘Quatro Casas em Matosinhos’, o primeiro projeto de Álvaro Siza, concebido quando ele ainda era estudante. Sessenta anos depois, o arquiteto se reencontra com Fernando Neto, seu primeiro cliente, refletindo sobre o impacto da arquitetura na vida das pessoas. Por meio de entrevistas com Siza, com os moradores das casas e com o crítico Francesco Dal Co, além de imagens de arquivo e registros contemporâneos, o filme explora como essa obra moldou sua carreira e influenciou aqueles que nela habitam.MEDIAÇÃO
Raul Penteado Neto é Pós-doutorando (2025 -) pelo Instituto de Artes da Unicamp. Doutor (2023) em Teoria e História da Arquitetura pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (IAU USP), com bolsa Print-USP PDSE 30/22 de Doutorado Sanduíche com co-orientação pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP). Mestre (2019) em Teoria e História da Arquitetura pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (IAU USP), com período de estudos e co-orientação pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), em Portugal, com bolsa CAPES/CNPq. Arquiteto e Urbanista (2001) pela Pontifícia Católica de Campinas (FAU-PUCCAMP), com bolsa PET-CAPES. Tem experiência profissional internacional, com passagem pelos Estúdios do arquiteto Álvaro Siza (2016) e José Carlos Nunes Oliveira - NOARQ (2017), e em Estágio de pesquisa no Atelier Manuel Aires Mateus (2023), em Portugal. Sócio-titular do estúdio idsp arquitetos, desde 2008. Responsável pela ideia original, pesquisa e argumento do documentário "Paisagem Concreta" (2022), produzido por Olé + Duo2 para o Canal Arte1. Professor de projeto, teoria e história da arquitetura.
Paisagens Inventadas: Memória e Esquecimento na Cidade Moderna - Nesta sessão, duas cidades modernas ganham contornos afetivos ao serem revisitadas por meio da memória e do esquecimento. Brasília, Esboço de uma Ausência parte da constatação provocadora de que a cidade foi planejada, mas esqueceram de inventar seus habitantes. Com imagens de arquivo e narração poética, o filme ensaia uma reflexão sobre a subjetividade na capital construída como utopia racionalista. Em … et Pierre Jeanneret, Chandigarh se revela através da figura do arquiteto eclipsado pela história oficial. A voz que percorre suas ruas reconstrói, com delicadeza, a presença silenciosa de Jeanneret — projetando uma cidade em que arquitetura e cuidado caminham juntos. São filmes que ativam o que resta das promessas modernas e escutam aquilo que foi silenciado por seus projetos de futuro.
NÃO POSSO ESQUECER QUE BRASÍLIA EXISTE
Nina d'Orsi, 11’12’’, Brasil, 2023.
Brasília foi planejada, mas esqueceram de inventar seus habitantes. O filme em tom experimental constrói, a partir de duas linhas narrativas dissonantes – uma através da imagem e outra do texto narrado –, um questionamento acerca da experiência subjetiva em Brasília. A realização do filme-ensaio se faz com imagens do acervo fotográfico do Arquivo Público do Distrito Federal e textos autorais.... ET PIERRE JEANNERET Christian Barani, 99', França, 2023
Emergindo da escuridão e do silêncio do esquecimento, imagens e textos reconstroem uma memória.… et Pierre Jeanneret é um retrato. O retrato de um homem cujo destino foi uma cidade; o de uma cidade que continua sendo a de um homem. Hoje, pelas ruas de Chandigarh, entre seus habitantes, uma voz narra a história de Pierre Jeanneret, o grande esquecido da história da arquitetura. A narrativa revisita uma obra marcada pela discrição e pela modéstia — uma obra sobretudo atenta ao cuidado, dos lugares e das pessoas.
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17.08
Pirarucu à casaca com farofa de castanha pirarucu desfiado, banana-da-terra frita e farofa de castanha-do-pará. Boi no tucupi, coxão mole no tucupi com jambu e alho. Acompanha farinha de mandioca grossa e banana-da-terra assada. Escondidinho de pupunha e inhame acompanhado de arroz, salada de pepino amazonense com pimenta murici, pepino regional e molho de tucupi. Creme de cupuaçu com granola de castanha do Pará, cupuaçu e castanhas: polpa cremosa com crocância.
EDUARDO, WALTER AND LEONIDOV
Miguel Pires de Matos, 35’, Portugal, 2024.
O filme conta a história de 3 porquinhos que vão habitar 3 casas icônicas da história da arquitetura do século XX, nomeadamente uma unité d'habitation de uma cidade modernista.Paisagens da Resistência - Em Caracas, uma comunidade cria, com o arquiteto Alejandro Haiek, uma quadra esportiva suspensa sobre moradias autoconstruídas, símbolo de luta e esperança. Em São Paulo, Pele de Vidro retrata a jornada da cineasta Denise Zmekhol ao descobrir que o edifício projetado por seu pai abriga a maior ocupação irregular da cidade, refletindo desigualdades e a busca por um lar. Juntos, os filmes exploram como a arquitetura resiste e se transforma em espaços de esperança e recomeço.
MULTIPROGRAM SHIP
Katerina Kliwadenko, Mario Novas, 9’47’’, Chile, 2023
Nas favelas de Caracas, onde o espaço público é quase inexistente, uma comunidade de vizinhos lutou por mais de 20 anos para criar um lugar para a prática de esportes. Sua perseverança os levou a colaborar com o arquiteto Alejandro Haiek, que desenhou um projeto singular: uma quadra esportiva que flutua sobre a densa camada de moradias autoconstruídas, lembrando o casco de um navio suspenso no ar.PELE DE VIDRO
Denise Zmekhol, 90’, Brasil, França e Estados Unidos, 2023
Uma jornada para confrontar a dura desigualdade do Brasil. Quando a cineasta brasileiro-americana Denise Zmekhol descobre que o trabalho mais celebrado de seu falecido pai como arquiteto – o edifício ‘Pele de Vidro’, ícone do modernismo – se transformou na maior ocupação de moradores de rua de São Paulo, ela inicia uma jornada para lidar com seu passado e a cruel desigualdade que transforma o país onde nasceu. Roger Zmekhol, imigrante sírio no Brasil, tinha apenas 32 anos quando o projetou, nos primeiros dias de uma ditadura que duraria duas décadas. Através de interações com os moradores de rua que ocupam o prédio de seu pai, Denise passa a enxergar a Pele de Vidro como uma representação das transformações dramáticas vividas pelo Brasil, durante eras de escuridão, transformação e renascimento.
Em tempos de crise habitacional, colapso ambiental e esgotamento das formas tradicionais de morar, esta sessão propõe um olhar sobre experiências que reconfiguram o modo como vivemos em comunidade. O Fazedor de Mirantes revisita um povoado no cerrado goiano que, após o fim do garimpo de cristais, se reinventou por meio do ecoturismo e da acessibilidade aos seus patrimônios naturais, registrados com afeto por João Fernandes. Em Living Together: A História de De Warren, acompanhamos um grupo de jovens que se propõe a construir do zero uma cooperativa habitacional sustentável, social e acessível — uma pequena utopia concreta às margens das cidades contemporâneas. Entre memórias do cerrado e sonhos de coletividade urbana, os filmes revelam possibilidades reais de uma arquitetura do comum.
LIVING TOGETHER: THE STORY OF DE WARREN
Sam van Zoest, 75’, Holanda, 2023.
O filme acompanha um grupo de jovens durante a criação de uma cooperativa habitacional que busca ser sustentável,
social e acessível. O projeto é ambicioso:
é o primeiro do tipo na Holanda, e dentro
do grupo de jovens pioneiros residenciais, ninguém jamais havia construído uma
casa antes.O FAZEDOR DE MIRANTES
Betânia Victor e Lucas Franzoni, 19’, Brasil, 2024.
A exploração do garimpo de cristal na década de 1940 deu origem ao povoado de São Jorge no nordeste goiano. Com a criação do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros nos anos 1960, a extração do mineral foi proibida e o ecoturismo surgiu como principal atividade econômica da região, rica em belezas naturais e recursos hídricos. O fotógrafo João Fernandes viveu e registrou em fotos e vídeos essa transformação, onde passou a viver e trabalhar para levar a acessibilidade aos atrativos naturais do cerrado com a construção de mirantes.
Quão caótico pode ser um dia em uma das maiores avenidas de Goiânia? Este filme mudo convida a uma experiência sonora totalmente nova. Três músicos, que nunca assistiram ao filme antes, criam ao vivo, por improvisação durante a exibição, uma trilha sonora inédita baseada nas emoções despertadas pelas imagens do filme. Esta experiência cinematográfica terá ao todo 50 exibições. Todas serão gravadas e, quando ocorrer a última exibição, usaremos esses “50 novos filmes” para fundamentar uma pesquisa de mestrado sobre o quanto a trilha sonora pode influenciar o significado do filme. Será uma sessão de filme com trilha sonora ao vivo e experiência subwoofer.
RHAPSODY OF CHAOS + TRILHA SONORA AO VIVO COM OS MÚSICOS BRASILIENSES GEORGE LACERDA E DAVI MASCARENHAS (VIOLÃO E PERCUSSÃO)
Aline Willik, Rodrigo Martins, Kely Carvalho, Gabriel Willik, Luiz Souza, 19’55’’, Brasil, 2024.
"Rhapsody of chaos" é um documentário experimental poético onde são trazidas as inúmeras facetas de uma principais avenidas da Capital goiana ao longo de seus 16 kms de extensão, e ao longo das 24 horas de um dia. Assim como as rapsódias musicais, que trazem diversos movimentos (que em um primeiro momento são desconexos), mas que numa segunda análise trazem à vida uma obra musical única, os documentaristas mostram que características tão distintas da vida pulsante desta avenida são exatamente o que a torna tão peculiar e tão única. Aliado a isso, os cineastas lançam o olhar a uma provocação sobre o quanto uma banda sonora pode mudar o sentido de uma obra. A cada apresentação do filme, um trio de instrumentistas que nunca assistiu o filme, irá juntamente com a plateia e de improviso, criar uma trilha sonora inédita inspirada nas emoções que as imagens trarão aos músicos. Tornando cada apresentação única.

ATIVIDADES

01
Mostras
A programação traz Mostra Competitiva, filmes convidados, Sessão Infantil e Experimental, além de painéis de debates e oficinas inspiradas nos filmes.

02
Paineis Temáticos
Cinema Urbana fortalece conexões com Paineis, Círculos de Conversa e Encontros, promovendo trocas, reflexões e interações autênticas.

03
Palestras
Palestrantes convidados trarão debates e insights, enriquecendo as discussões e promovendo reflexões ao longo do evento.
QUEM
SOMOS
Position / Role
LIZ SANDOVAL

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Position / Role
DANIELA MARINHO

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Position / Role
THAY LIMEIRA

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LOCAL
Espaço Cultural Renato Russo
Comércio Residencial Sul 508 Bloco A - Asa Sul
Brasília - DF, 70351-515
MOSTRA, PAINÉIS E PALESTRAS