CURADORIA/ CURATOR PRESENTATION


Nesta edição da Mostra de Filmes de Arquitetura em Brasília, Cinema Urbana trouxe a proposta do tema “Memórias em Construção”, com o objetivo de instigar o debate acerca da noção do patrimônio e dos processos de construção da memória na sociedade contemporânea, marcada pela globalização e seus cenários de dominação e apagamentos. O patrimônio, quando compreendido como memória, se apresenta no território vivido entre os tempos que se cruzam - passado, presente e futuro -e que acontecem juntos na cidade.

A partir do começo deste século, grandes fluxos de imigração, turismo em massa, aumento da população nos centros urbanos e novas formas de sociabilidades mediadas pelos aparatos tecnológicos mobilizam novas formas de consumo e modos de pertencimentos. Uma nova economia, com viés mais criativo, passa a conceber a metrópole como transcendência, como uma fonte de poder mágico, que não emana de nenhum elemento específico(diversidade de mobilidade, novidades e grandiosidades arquitetônicas, planos urbanísticos originais, etc.), mas da cidade em sua totalidade.

Os filmes trazem à tona narrativas reais e simbólicas que revelam e abrigam rememorações, afetos, disputas, anseios, possibilidades. Apresentam, também, relações entre o construído e o imaginado que nos ajudam a refletir sobre a forma como atualmente vivemos e narramos as nossas cidades. Desta forma, a curadoria do festival, ciente das complexas redes de intrincados sistemas de códigos e símbolos, justamente por sua natureza polissêmica, quis trazer na orientação curatorial um repertório amplo de marcas que expõem as assimetrias do cenário urbano mundial, abordadas nesta temática pela escolha do que deve ser lembrado e celebrado, e o que pode ser destruído e apagado.

Nesta seleção de mais de 50 filmes trazemos o nosso desejo de ampliar as visões acerca da relação do cinema com as questões urbanas, como uma das plataformas fundamentais para se pensar o binômio - arquitetura e urbanismo - dentro das articulações das narrativas audiovisuais e tecnológicas. São narrativas que, no seu conjunto, apresentam a pluralidade dos espaços do mundo, lugares que pouco vemos e pouco sabemos a respeito.

Revelou-se na sedimentação do material trazido pelos filmes, que ao lançar o tema e provocar a discussão a respeito do patrimônio e da memória, estarmos, de fato, sendo surpreendidos pela urgência do tema da sobrevivência. Os filmes retratam a sobrevivência /existência de povos, lugares, memórias, desejos, formas de vida e de sonhos. O afloramento desse tema pode ser associado ao livro Sobrevivência dos Vaga-lumes(Editora UFMG, 2011) no qual Didi-Huberman retoma a inquietação de Pasolini ao declarar o desaparecimento dos vaga-lumes, que, entre diversos significados possíveis, refere-se metaforicamente aos pequenos lampejos de resistência, frágeis, mas completos de desejo. E que existem momentos de exceção em que os seres humanos se tornam vaga-lumes - seres luminescentes, dançantes, erráticos, intocáveis e resistentes enquanto tais - sob nosso olhar maravilhado(p.52).

Dentre os 57 filmes selecionados há exemplos de vários modos de sobrevivência. O filme There Was a Country, do diretor curdo Hebun Polat, que vive na Turquia, relata sobre a sobrevivência como povo ao retratar a brutalidade da guerra no ataque bárbaro contra os curdos. A barbárie da guerra é trazida também em The Sea Swells (República Islâmica do Irã, Amir Gholami, 2018), em que acompanhamos um homem em seu abrigo dentro da água e suas táticas de sobrevivência.

Encontramos em The Hive (Polônia, Jeremi Skrodzki, 2018) um exemplo de sobrevivência como lugar ao mostrar uma comunidade que vive da terra e de seu cultivo numa área verde que resiste no centro de Varsóvia. As reconstruções e os novos usos dados aos edifícios abandonados ou destruídos aparecem em Reko City (Alemanha, Jörn Staeger, 2017) e em Dreaming Squares (Irlanda, Paddy Cahill, Shane O'Toole, 2018).


A sobrevivência como tática para superar as precariedades das condições de vida em cidades imensas, como na série Born and Raised in the Ghetto (Johan Mottelson, 2018) em três capitais no continente Africano; ou na Índia, em Abridged (India, GauravPuri, 2019), que nos mostra como a população ocupa e vive os espaços sob as pontes e viadutos. Sobrevivências como modo de imaginar ficções nos gestos cotidianos que irrompem nos caminhos do trabalho manifestam-se em Cabeça de Rua (Brasil, Angélica Lourenço), ou no caminho de casa, como no devaneio do protagonista de Da Curva Para Cá ( Brasil, João Oliveira, 2018),pelos becos e vielas capixabas.

A necessidade cada vez mais crescente no mundo contemporâneo de uma tomada de partido, da escolha entre um ou outro lado, as escolhas limitando-se a somente duas opções, num apagamento da sutileza e da hesitação, é trazida em Aporia (Itália, Salvatore Insana,2019), filme experimental que investiga o momento em que permanecemos encalhados, na hesitação que nos retira do fluxo para avaliar o "se"e o "como", para nos orientar na continuação da ação.

No entanto, vemos que, inclusive os manifestos, as posições tomadas e sedimentadas lutam por uma sobrevivência, como nos filmes que trazem ícones da arquitetura moderna, tentando resistir em meio à cidade global e à especulação imobiliária. É o caso de Facade Colour:Blue (Ucrânia Oleksiy Radynski, 2019) e Niemeyer 4 Ever (Líbano,Nicolas Khoury, 2018).

sobrevivência como permanência dos símbolos é lembrada em Still Turning (Canadá, Jesse Pickett, 2017) pela reconstrução da roda d’água que deu início à cidade de Lanzhou, e em Lupa (2018), a loba romana que se reproduz em cidades de todo o globo e que foi retratada pela diretora Romena Aurelia Mihai ao constatar que somente na Romênia havia 22 exemplares da estátua. O filme faz a pergunta: qual carga de significados esta estátua, associada à fundação de Roma, carrega até hoje? E que nos instiga saber por quem e por que estão sendo construídas essas lembranças?

Nesse sentido, é a sobrevivência que se expande como desejo, quando vemos Isidora no filme New York Woman (Chile, Martin Pizarro Veglia, 2018), que, ao planejar e desejar viajar para Nova York, funde seu corpo e sua imagem à da cidade. E, retomando o pensamento de Didi-Huberman, como se pode, portanto, declarar a morte dos vaga-lumes, ou seja, das lembranças, dos desejos, das sobrevivências? Não seria tão vão quanto decretar a morte de nossas obsessões, de nossa memória em geral?

Didi-Huberman responde que, para conhecer os vaga-lumes, é preciso observá-los no presente de sua sobrevivência:é preciso vê-los dançar vivos no meio da noite, ainda que essa noite seja varrida por alguns ferozes projetores. Ainda que por pouco tempo (p.52). A perspectiva da sobrevivência nas imagens, situada por Pasolini e retomada por Didi-Huberman, pode ser considerada como um gesto político que num lampejo ilumina as trevas e dá possibilidade de pensarmos outros modos de estarmos nelas.

Assim, por meio da Mostra CinemaUrbana, afirmamos nossa crença na potência do cinema em apresentar as cidades e suas paisagens em narrativas que compõe o imaginário e formam o conjunto de suas memórias e sua história. Ainda que beirando o chão, ainda que emitindo uma luz bem fraca, ainda que se deslocando lentamente, não desenham os vaga-lumes, rigorosamente falando, uma tal constelação? (p.60)

É nesse conjunto de mais de 60filmes, entre os selecionados para a mostra competitiva, convidados e homenageados, que buscamos formar uma constelação, abarcar as mais diversas paisagens para repensar o nosso princípio, nos permitindo enraizar e conservar nossas lembranças, e, ao mesmo tempo, brilhar no conjunto dos pequenos lampejos formando um clarão para, de alguma forma, iluminar nosso futuro. 

In this edition of the ArchitectureFilm Exhibition in Brasilia, Cinema Urbana brought the proposal of the theme“Memories under Construction”, with the objective of instigating the debateabout the notion of heritage and the processes of memory construction in thecontemporary society, marked by globalization and its scenarios of dominationand deletion. Heritage, when understood as memory, is presented in theterritory lived between the intersected times - past, present, and future -that happen connected in the city.

From the beginning of this century,large flows of immigration, mass tourism, population growth in urban centers andnew forms of sociabilities mediated by technological apparatuses mobilize newforms of consumption and senses of belonging. A new economy, with a morecreative bias, comes to conceive of the metropolis as transcendence, as asource of magical power, emanating from no specific element (diversity ofmobility, novelties and architectural greatnesses, original urban plans, etc.),but from the city in its entirety.

The films bring out real and symbolicnarratives that reveal and harbor memories, affections, disputes, longings,possibilities. They also present relationships between what was constructed andimagined that help us to reflect on the way we currently live and narrate ourcities. Thus, the festival's curatorship, aware of the complex networks of intricatecode and symbol systems, precisely due to its polysemous nature, wished tobring in the curatorial orientation a broad repertoire of marks that expose theasymmetries of the world urban scenario, approached in this theme by choosingwhat must be remembered and celebrated, and what can be destroyed and deleted.

In this selection of more than 50films we bring our desire to broaden the visions about the relationship ofcinema with urban issues, as one of the fundamental platforms for thinkingabout the binomial - architecture and urbanism - within the articulations ofaudiovisual and technological narratives. These are narratives that, as awhole, present the plurality of the world's spaces, places we see little andknow little about them.

The strengthening of the materialbrought by the films reveals that, by launching the theme and provoking thediscussion about heritage and memory, we are, in fact, being surprised by theurgency of the theme of survival. The films portray the survival / existence ofpeoples, places, memories, wishes, life forms, and dreams. The flowering ofthis theme can be associated with the book Survival of the Fireflies in which Didi-Huberman resumes Pasolini's disquiet bydeclaring the disappearance of fireflies, which, among various possiblemeanings, refers metaphorically to the small flashes of resistance, fragile,but full of desire.  And that thereare moments of exception when human beings become fireflies — luminescent,dancing, erratic, untouchable, and resistant beings, as such — under ourastonished gaze.

Among the 57 selected films, thereare examples of various ways of survival. Kurdish director, who currently livesin Turkey, Hebun Polat's film "There Was a Country” talks about survival as a peopleby portraying the brutality of the war in the barbaric attack on the Kurds. Thebarbarism of war is also brought forth in The Sea Swells (IslamicRepublic of Iran, Amir Gholami, 2018), in which we follow a man in hisunderwater shelter and his survival tactics.

We found in The Hive (Poland,Jeremi Skrodzki, 2018) an example of survival as a place by showing acommunity living off the land and its growing in a green area that resists incentral Warsaw. The reconstructions and new uses given to abandoned ordestroyed buildings appear in Reko City (Germany, Jörn Staeger, 2017)and Dreaming Squares (Ireland, Paddy Cahill, Shane O'Toole, 2018). 

Survival as a tactic to overcome theprecariousness of living conditions in large cities, as in theseries Born and Raised in the Ghetto (Johan Mottelson, 2018) in threecapitals on the African continent; or in India, in Abridged (India,Gaurav Puri, 2019), which shows us how the population occupies and lives thespaces under the bridges and viaducts. Survival as a way of imaginingfictions in everyday gestures that erupt in the ways of work manifest in Cabeçade Rua (Brazil, Angélica Lourenço), or on the way home, as in the daydreamof the protagonist of Da Curva Para Cá (Brazil, João Oliveira, 2018),through the capixabas alleys andlanes.

The ever-increasing need of taking aside in the contemporary world, for choosing between one side or the other, forchoices limited to only two options, in a deletion of subtlety and hesitation,is brought up in Aporia (Italy, Salvatore Insana, 2019), an experimentalfilm that investigates the moment we remain stranded, the hesitation that pullsus from the flow to evaluate the "if" and the "how", toguide us in the continuation of the action.

However, we see that even themanifestos, the taken and strengthened positions, fight for survival, as in thefilms that bring icons of modern architecture, trying to resist in the midst ofthe global city and real estate speculation. This is the case with FacadeColor: Blue (Ukraine, Oleksiy Radynski, 2019) and Niemeyer 4 Ever(Lebanon, Nicolas Khoury, 2018).

Survival as a permanence of symbols is recalledin Still Turning (Canada, Jesse Pickett, 2017) by the reconstruction ofthe waterwheel that started the city of Lanzhou, and in Lupa (2018), theCapitoline wolf reproduced in cities across the globe and that was portrayed byRomanian director Aurelia Mihai when she found out that there were 22 copies ofthe statue only in Romania. The film asks the question: what burden of meaningdoes this statue, associated with the foundation of Rome, carry to these days?And what makes us wonder by whom and why these memories are being constructed?

In this sense, it is the survivalthat expands as desire, when we see Isidora in the movie New York Woman(Chile, Martin Pizarro Veglia, 2018), when her plans and wishes to travel toNew York fuses her body and image with the city's. And, taking upDidi-Huberman's thinking, how can one, therefore, declare the death offireflies, that is, of memories, desires, survivals? Wouldn't it be as vainas decreeing the death of our obsessions, our memory in general?

Didi-Huberman replies that toknow the fireflies, one must watch them in their current survival: one must seethem dancing alive in the middle of the night, even though that night is sweptaway by some ferocious projectors. Though for a little while. Pasolini'sperspective on survival in images and taken up by Didi-Huberman can beconsidered as a political gesture that illuminates the darkness in a flash andallows us to think of other ways of being in it.

Thus, through the Cinema UrbanaExhibition, we affirm our belief in the power of cinema to present cities andtheir landscapes in narratives that compose the imaginary and form the set oftheir memories and their history. Even though bordering the ground, thoughemitting very dim light, though moving slowly, don't the fireflies draw,strictly speaking, such a constellation?

It is in this set of over 60 films,among those selected for the competitive exhibition, the guest and honored ones,that we seek to form a constellation, embrace the most diverse landscapes torethink our principles, allowing us to take root and preserve our memories, andat the same time, to shine in a set of small glimmers forming a flash in order to,somehow, illuminate our future. 

CURADORES/ CURATORS

Liz Sandoval

Arquiteta e urbanista pela Universidade Federal do Paraná - UFPR (2000), estuda as interseções entre o cinema e a cidade nas relações de representação, prática social e memória, concentrando-se principalmente na cidade moderna e planejada de Brasília. Mestre em Arquitetura e Urbanismo na linha de pesquisa Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo com a dissertação “Brasília, cinema e modernidade: percorrendo a cidade modernista” (2014) na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília FAU/UnB, dá continuidade à pesquisa no doutorado, em andamento, no mesmo Programa de Pós Graduação. Possui artigos publicados sobre a cinematografia brasiliense, realizou mostras e festivais de cinema de arquitetura, sendo 2 mostras dedicadas ao cinema de Brasília e da UnB. Lecionou as disciplinas de Projeto de Arquitetura, Planejamento Urbano na Universidade Paulista, campus Brasília. Foi idealizadora e diretora do Archcine Brasília – Festival Internacional de  Cinema de Arquitetura, em 2018.


Liz Sandoval is a Brazilian architect and urban researcher, focusing studies on the intersections between cinema and the city in the relations of representation, social practice and memory, mainly on the modern and planned city of Brasilia. She received a master degree in Theory and History of Architecture and Urbanism (2014) at the Faculty of Architecture and Urbanism of the University of Brasília FAU / UnB, she is actually in doctorate in the same Postgraduate Program, researching in Theory, History and Criticism. She has published articles on Brasília’s cinematography, held exhibitions and architecture film festivals, two of which are dedicated to the cinema of Brasilia and UnB. She teaches Architecture Project and Urban Planning since 2013.


Milene Migliano 

Milene Migliano é Pós-Doutoranda no Grupo de Pesquisa Juvenália: Culturas Juvenis: comunicação, imagem, política e consumo, no PPGCOM ESPM-SP. Doutora em Processos UrbanosContemporâneos pelo PPGAU – UFBA, mestre em Comunicação e SociabilidadeContemporânea pelo PPGCOM – UFMG e jornalista com formação complementar em cinema, também na UFMG, tem se engajado desde 2003 em diversos festivais de cinema que articulam contextos singulares de universidades federais, comoo forumdoc.bh e a UFMG, o FIDÉ e a Paris VIII, oCachoeira.doc e a UFRB, o Festival Mimoso de Cinema, com UFRB e UFOB, o F.EST.Ae a UFSB, entre outras situações e eventos específicos.


Milene Migliano is a Postdoctoral fellow at the JuvenáliaResearch Group Youth Cultures: communication, image, politics and consumptionat PPGCOM ESPM-SP. PhD in Contemporary Urban Processes by PPGAU - UFBA, Masterin Contemporary Communication and Social Responsibility by PPGCOM - UFMG andjournalist with complementary background in cinema, also at UFMG, she has beenengaged since 2003 in several film festivals that articulate unique contexts offederal universities, such as forumdoc.bh and UFMG, FIDÉ and Paris VIII, Cachoeira.doc and UFRB, MimosoFilm Festival, with UFRB and UFOB, F.EST.A and UFSB, among other specific situationsand events.

Tânia Montoro

Professora  do Curso de audiovisual da Universidade de Brasília (UnB), Montoro é mestre pela Tulane University - New Orleans; doutora em cinema e TV  pela UAB, e pós-doutora pela UFRJ e Deutch Film Institute - Amsterdã. Também é professora de Teoria e Linguagem de Cinema da UnB, feminista, foi conselheira nacional dos direitos da mulher (1985- 1989) participou do Lobby do Batom, lutando pela equidade de gêneros. Trabalhou como curadora no Festival de Cinema Brasileiro (Festival de Brasília), Festival Internacional de Cinema e Vídeo e Mostras de Cinema Brasileiro em Barcelona. Orientou dezenas de dissertações de mestrados e doutorados sobre cinema.  Cidadã honorária de Brasília e membro da Sociedade de Estudos de Cinema e do Núcleo de Estudos da Violência da UNB. Publicou oito livros e dezenas  de artigos distribuídos entre revistas científicas e culturais. Realizadora de audiovisual, seu longa-metragem “Hollywood no Cerrado”, em codireção com Armando Bulcão, foi vencedor do Recine (Festival Internacional de Cinema de Arquivo) e premiado em diversos festivais  e mostras internacionais. Compõem júri de festivais de cinema no Brasil e exterior. 


Professor of the Audiovisual Course at the University of Brasília (UnB), Montoro has a MD by Tulane University-New Orleans; PhD in Cinema and TV at UAB, and a Postdoctoral degree at UFRJ and Deutch Film Institute-Amsterdam. In addition, professor of Cinema Theory and Language at UNB, feminist, she was national Adviser on women's rights (1985-1989), participated in the Lobby of the Lipstick, fighting for Gender Equity. She worked as curator in the Brazilian Film Festival (Brasília Festival). International Festival of Film and Video, and in the Brazilian Film Festival in Barcelona. She guided dozens of masters and doctoral degrees dissertations about cinema.  She is Honorary citizen of Brasília and Member of the Cinema Studies Society and of the Center for the Studies of violence of UNB. She has published eight books and dozens of papers distributed among scientific and cultural journals. Audiovisual maker, her feature film “Hollywood no Cerrado”, which was co-directed by Armando Bulcão was the winner of Recine (International Registry Film Festival) and awarded in several festivals and international exhibitions. She is part of jury of film festivals in Brazil and abroad.

Tadeu Brito

Pai de Noé, Arquiteto e Urbanista formado pela UFPB (2009/2), mestre em Sociologia pelo PPGS-UFPB, com pesquisas relacionadas à paisagem e às práticas espaciais e simbólicas na cidade. Atualmente doutorando em Arquitetura e Urbanismo pelo PPGAU-UnB, estuda o corpo negro e a rua colonial, na produção de significados e no desenho da paisagem. Lecionou as disciplinas de Projeto Urbano e Maquete na Universidade UNIEURO (campus Brasília) e desde 2010 desenvolve Projetos Arquitetônicos e de intervenção no patrimônio histórico. É diretor artístico da Cosmopopeia, produtora e casa de arte, que atua no desenvolvimento de atividades artísticas na ponte entre Planalto Central e Nordeste. Atuou como assistente de direção e produção em diversos curtas-metragens e foi membro do coletivo Filmes a Granel, cooperativa de curtas de baixíssimo orçamento da Paraíba.


UFPB Major Architect and Town Planner (2009/2), with a master degree in Sociology at PPGS-UFPB, with his research related to the landscape and spatial and symbolic practices in the city. Currently, he is a doctoral student in Architecture and Urbanism at PPGAU-UnB, studying the black body and the colonial street, in the production of significance and in landscape design. He taught Urban Design and Modeling at UNIEURO University (Campus Brasilia), and since 2010 he has been developing Architectural Projects and intervention in historical heritage. He is the artistic director of Cosmopopeia, a producer and art house, which develops artistic activities on the links between the Brazilian Central Highlands and Northeast. He practiced as Assistant Director and production in several short films and he was a member of the collective group Filmes a Granel, a co-op of low budget short films in Paraíba.  

JÚRI

Glênis Cardoso 

É graduada em Audiovisual pela Universidade de Brasília. Atualmente, escreve e edita para o Verberenas, site sobre cinema. Trabalhou em curtas nas áreas de roteiro, direção, assistência de direção e assistência de arte. Em 2012, foi curadora e organizadora do Cineclube da Faculdade de Comunicação. Em 2015, foi curadora da mostra Visões da Cidade no CCBB DF. Em 2017, foi convidada a participar da residência crítica do Fronteira Festival em Goiânia, a partir do qual um e-book foi produzido com os textos das participantes. Em 2018, como crítica, compôs a mesa sobre o filme "Imo" de Bruna Schelb Corrêa na Mostra de Cinema de Tiradentes. Em 2017 e 2018, foi curadora das duas primeiras edições do Festival Universitário de Brasília que foram exibidas nas edições 50 e 51 do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Fez também a curadoria do Cine Cleo, evento voltado para produções brasileiras de mulheres que exibiu durante vinte sessões longas e curtas-metragens. É criadora, produtora e hosto do méxi-ap, podcast sobre arte e cultura.

Raul Maravalhas 

É formado em História e em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Brasília. Ex-professor da Secretaria de Educação do Distrito Federal, atualmente é arquiteto do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).


Heholds a degree in History and in Architecture and Urbanism at the University ofBrasilia. A former professor at the Federal District Department of Education,he is currently an architect of the Institute of National Historical andArtistic Heritage (Iphan).

Rodrigo Sombra

Atua como fotógrafo, pesquisador e curador de cinema. Doutorando em Comunicação pela UFRJ. Mestre em Estudos de Cinema pela San Francisco State University (EUA).  Foi curador das mostras The Open Boat – Cinema and the Maritime Imaginary (2015), realizada no Coppola Theatre em San Francisco, Califórnia, e O Cinema de John Akomfrah – Espectros da Diáspora (2017-2018), nos CCBB do DF, RJ e SP. Colaborou com textos para Folha de São Paulo, Carta Capital, Piauí e O Globo.  


Acts as a photographer, researcher and film curator. Ph.D. Student in Communicationat UFRJ. Master in Film Studies at San Francisco State University (USA). He curated the shows The Open Boat - Cinema and the Maritime Imaginary (2015),held at the Coppola Theater in San Francisco, California, andJohn Akomfrah'sCinema - Spectres of Diaspora (2017-2018) at the CCBB in DF, RJ and SP. Hecollaborated with articles for Folha de São Paulo, Carta Capital, Piauí and O Globo. 

Cristian Raynaud O.

Arquiteto (Universidad de Chile, 1998), membro fundador do ArqFilmFest, interessado em pesquisar e disseminar as relações entre cinema, arquitetura, arte e cultura em geral. Coletivo do ArqFilmFest com ensino universitário e prática profissional como membro do escritório da G5Arquitectos. No festival, dirige e coordena, desde o início, o concurso “A Cidade é…” e as mesas de discussão sobre tópicos relacionados a encontros entre cinema e arquitetura. Participou como júri e expositor em festivais de cinema, arquitetura e cidades na Argentina e no México.


Architect (Universidad de Chile, 1998), a founding member of ArqFilmFest, interested inresearching and disseminating the relation between cinema, architecture, artand culture in general. ArqFilmFest collective with university education andprofessional practice as a member of the G5 Arquitectos office. At theFestival, since the beginning, he directs and coordinates the contest “The Cityis…” and the round-table discussions on topics related to the confluencesbetween cinema and architecture. He also participated as jury and exhibitor infilm festivals, architecture and cities in Argentina and Mexico.

Lorena Figueiredo

É brasiliense, especializada em Comunicação e Mídia pela UNIARA e graduada em dupla-habilitação em Audiovisual e Publicidade e Propaganda pela Universidade de Brasília. Atua no mercado Audiovisual há oito anos nos departamentos de Produção e Direção. Sua primeira direção em Documentários assina o filme “Intervenções Urbanas”. O projeto é resultado de um concurso de Jovens Cineastas promovido pelo FAAP / MINC / Cinemateca Brasileira.  Teve sua estreia no 23.º Festival de Cinema Latino-americano de Rosário, foi destaque do 1.º Festival Internacional de Cinema e Arquitetura - ArchCine eentrou na grade de exibição do canal SESC TV e TV Senado. Atualmente, é mestranda e pesquisadora no Departamento de Comunicação pela Universidade de Brasília com  estudos sobre as relações de afeto entre o Cinema e Arquitetura nos espaços urbanos no cinema latino-americano.


She is from Brasilia, specialized in Communication and Media at UNIARA, with a double majoring in Audiovisual and Advertising at the University of Brasilia. She has worked in the audiovisual field for eight years in the Production and Direction departments. Her first direction in documentaries signs the movie "Intervenções Urbanas." The project is the result of a contest of Young Filmmakers promoted by FAAP / MINC / Cinemateca Brasileira.  The premiere was at the 23rd Rosario LatinAmerican Film Festival, and it was featured at the 1st International Festival of Architecture Film - ArchCine and entered the screening grid of SESC TV andTV Senado. She is currently a master student and researcher at the Departmentof Communication at the University of Brasilia with studies on the affection relations between Cinema and Architecture in urban spaces in the Latin American cinema.

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