Cartografias do Isolamento. Repensando os afetos, experiências, deslocamentos e a cidade em tempos de pandemia
Gabriela Freitas, Lorena Figueiredo, Fernanda Sá
O isolamento social imposto pela pandemia do COVID-19 a partir de março de 2020 nos apresentou uma série de mudanças tanto nos âmbitos macro quanto micropolíticos de nosso cotidiano. Estão implicadas transformações econômicas, sociais, históricas, culturais e subjetivas. A ocupação do espaço urbano se restringiu drasticamente e, consequentemente, também as possibilidades de trocas afetivas entre seus habitantes. Baseado nisso, ficamos instigadas em reflexões sobre como nossas próprias subjetividades poderiam constituir alternativas afetivas a esta imposição necessária. Como os afetos se transformaram e procuram criar novos laços mesmo diante das restrições de deslocamento e convivência no espaço físico da cidade?A partir da coleta de dados e informações sobre como as subjetividades foram impactadas pelo isolamento social durante a pandemia, propomos elaborar uma cartografia de como a cidade se reconfigurou nesse cenário de interdição do transitar e do caminhar, por meio da criação de peças gráficas, imagens, filmes, vídeos, instalações, poemas, material audiovisual, entre outros. Como cada um de nós sofreu o impacto da não convivência em espaço público? Como os espaços se reconfiguram durante o período de isolamento?O trabalho fez parte do projeto COVID-19 UnB em Ação, como representante da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (FAC/UnB), coordenado pelo GECAE, Grupo de Estudos sobre Espaço, Corpo, Arte e Estética, pertencente ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação da FAC/UnB e cadastrado no CNPq.