ESPAÇO CULTURAL RENATO RUSSO

Palestras

*acesse aqui a transmissão ao vivo

DIA 16 DE AGOSTO

18:30

Cidade pós-compacta: estratégias de projeto a partir de Brasília

Cidade pós-compacta: estratégias de projeto a partir de Brasília apresenta a hipótese de que um outro olhar sobre o urbanismo moderno pode nos fornecer pistas para lidar com os desafios do fenômeno urbano contemporâneo. Parece urgente um projeto que busque uma alternativa, por um lado, à receita de tornar compacto o não-compacto e, por outro, à simples inclusão da condição de não-lugar, não-cidade e não-edificado numa nova epistemologia ampliada do urbanismo.

Guilherme Lassance

Arquiteto, doutor, professor e diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Urbanismo (Prourb) onde coordena o grupo de pesquisa UrCA -Urbanismo, Crítica e Arquitetura, dedicado ao estudo de abordagens alternativas para a cidade contemporânea, especialmente no Sul Global. Entre suas publicações, é coautor do livro “Rio Metropolitano: guia para uma arquitetura".

DIA 18 DE AGOSTO

15:30

O Lugar da Distopia: os filmes pernambucanos e a paisagem do Recife

Um olhar crítico sobre as particularidades das representaçõesda paisagem urbana e arquitetônica da cidade do Recife-PE permite uma discussão sobre como, na contemporaneidade, os filmes de cineastas pernambucanos servem como estruturas que delineiam a imaginação geográfica sobre a paisagem da cidade, atribuindo significado à experiência de vivênciado lugar e à correlação existente entre as paisagens real e fílmica.

A discussão gira em torno da construção da paisagem e do lugar fílmicos associada ao “lugar da distopia” em filmes da produção pernambucana contemporânea tendo como destaque o conceito de distopia com o objetivo de propor uma análise das representações e concepções distópicas envolvidas na produção das imaginações, visibilidades e espacialidades da paisagem recifense no atual contexto da produção cinematográfica em Pernambuco.

Maria Helena Braga e Vaz da Costa 

Professora Titular do Departamento de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN. Pós-Doutora em Cinema pelo International Institute - University of California at Los Angeles - UCLA; Doutora e Mestre em Media Studies pela University of Sussex - Inglaterra; Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Atua como pesquisadora nas áreas de Cinema e Geografia Cultural no contexto dos seguintes temas: estudos sobre oespaço geográfico e arquitetônico; geografias fílmicas; olhares imagéticos sobre a cidade; estética e cultura visual.

DIA 19 DE AGOSTO

15:30

É o fim do mundo e eu me sinto bem

Limite (1931) de Mário Peixoto pode ser compreendido não só como marco de um cinema experimental no Brasil e no mundo mas como importante na redefinição de umtradição moderna. Na minha atual pesquisa  Modernismo, Extrativismo e Decadência, podemos ver Limite como um ponto de partida de um Modernismo marcado pela catástrofe ao invés da utopia; da melancolia ao invés da alegria; da sensação de fim do mundo ou de um mundo ao invés da inauguração de uma nova era; do fascínio pela lentidão que advém depois da extração de ouro em Minas Gerais e do cultivo café no Vale do Paraíba, de paisagens devastadas, solitárias em detrimento da velocidade e da hipersensorialidade. Este outro Modernismo será compreendido a partir da obra de Cornelio Penna, em especial, Amenina morta (1954), de Lúcio Cardoso (1959), em especial, A Crônica da Casa Assassinada e seus desdobramentos, em particular, no  Cinema Novo, de uma sensibilidade social, na experiência de uma modernidade rural, inspirada em pesquisa recente de Ericka Beckman, repensando as tensões entre provincianismoe cosmopolitismo, numa leitura comparativa entre cinema, literatura e artes visuais. Entre a experiência do naufrágio e das cidades mortas, Limite ainda aponta para um mundo sem nós, uma paisagem inumana traduzida na infinitude domar.

Denilson Lopes 

É professor titular na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio deJaneiro (UFRJ), pesquisador do CNPq e da FAPERJ. É autor de Mário Peixoto antes e depois de Limite (São Paulo, egaláxia, 20121), Afetos, Experiências e Encontros com Filmes Brasileiros Contemporâneos (São Paulo, Hucitec, 2016), No Coração do Mundo: Paisagens Transculturais (Rio de Janeiro: Rocco, 2012); A Delicadeza: Estética, Experiência e Paisagens (Brasília: EdUnB, 2007); O Homemque Amava Rapazes e Outros Ensaios (Rio de Janeiro: Aeroplano, 2002); Nós os Mortos: Melancolia e Neo-Barroco (Rio de Janeiro: 7 Letras, 1999); organizador de O Cinema dos Anos 90 (Chapecó: Argos, 2005); co-organizador de Imagem e Diversidade Sexual (São Paulo: Nojosa, 2004), com Andrea França, de Cinema, Globalização e Interculturalidade (Chapecó, Argos, 2010), com Lucia Costigan,de Silviano Santiago y Los Estudios Latinoamericanos (Pittsburgh,Iberoamericana, 2015). Também escreveu Inúteis, Frívolos e Distantes: À Procura dos Dândis (Rio de Janeiro: Mauad, 2019) em conjunto com André Antônio Barbosa, Pedro Pinheiro Neves e Ricardo Duarte Filho).

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